sábado, 3 de novembro de 2012

Aurora



Brilhaste assim no céu azul descoberto
luz do sol,
que aqueces a alma,
hoje como fazias falta,
num dia escuro,
frio e húmido,
de chuva,
gelada,
relembro a areia fina,
que comprimia,
suprimia sentimentos,
estabelecia,
preconceitos,
ali vazia,
como queria,
viver um pouco mais,
agora que descobri a aurora,
mas o ocaso,
aproxima-se,
ás vezes gelada,
tremo de esperanças perdidas,
mas recupero,
luto,
vivo
e não desespero,
apesar de tudo não me canso,
embora caia à noite,
assim,
pensativa,
em redor de mim,
pensando e elaborando,
algo,
como queria o teu afago na alma,
aquele que acende a luz,
me tira a cruz de uma vida sofrida,
me envolve noite dentro,
dia fora,
e me faz redescobrir a aurora.

Elsa Pereira

4-11-2012