A água que circula,
circundante ás células,
entre membranas e rochas,
fundidas pelo calor do interior da Terra mãe,
salgada ou doce,
como os carinhos,
recebidos em criança,
como a Geologia,
aprendida,
nos bancos de escola,
aquela que vem nos livros,
aborrecida,
longe da família e pouco apetecida,
longe do rio e do mar,
aquela por onde passei o meu olhar.
Aquela Geologia e Biologia,
que me fez preferir pintar sentimentos,
de cores múltiplas,
encontradas na tela,
pelas mãos e pincéis,
lápis e papéis,
escrevo para encontrar nas letras,
o local encontrado nas tintas,
nos vermelhos e laranjas, nos castanhos verdes e azuis,
amarelos e brancos que dão luz,
aquela que vem de dentro,
ou aquela que se observa de dentro para fora
e volta ao nosso cérebro,
enchendo-o de luz,
numa colisão de iões de Sódio e Cloro,
libertados em água salgada,
em lágrimas molhadas,
enxugadas pela luz do sol,
formando salinas,
de água de mar curada.
Elsa Pereira
8-05-2014
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Paisagens interiores- luz e água salgada
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Paisagem interior- palavras soltas
Barcos na maré,
ondulam,
nas águas salgadas junto do meu pé,
à distância,
uma baía,
numa mente vazia,
aberta e desperta,
liberta de lembranças,
sem esquecer,
o amanhecer,
nos dias de criança,
sem esquecer o sonho,
entre este e a realidade de um oceano,
tumultuoso,
preenchido por competição,
tão característico de adolescentes,
de crianças que não cresceram,
que querem ser e não são,
que eram sem ser,
que vêem sem ver,
onde estou?
algures entre a baía,
numa onda que ondula até ao meu pé,
se vou,
se fico,
não sei!
Elsa Pereira
7-05-2014
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