Subtil, mas profundo,
na sua leveza,
certeza de ser quem é,
do umbigo,
se transforma um figo,
nem sempre maduro, deveras seguro.
Figueira que se alimenta,
sendo a mulher a sua ementa,
muitas vezes enjoado,
rejeita,
o prato malfadado,
deveras preenchido,
já enfadado de tantas esperas,
impaciente
e consciente,
mas não omnisciente.
Se é clara luz, a mulher,
logo o seduz,
entre abraços,
escreve compassos e inventa músicas,
para o silêncio,
que encontra,
entre abraços, para a mulher,
com quem tem laços.
Elsa Pereira.
25-05-2012
Entre Figueiras,
de S. joão,
patrono de minhas raízes,
em matizes de vermelho,
o espelho,
nascemos sós,
morremos sós,
figos são,
sinónimo de fértil reprodução,
conjunto de flores fecundadas,
essa a função do Homem,
espalhar o esperma,
em superfície terna,
que faz nascer vida.
Aquelas figueiras que muito bem te tratam,
a tua liberdade matam,
sem respeito,
por despeito,
por inveja ou ciúme,
Figueiras,
espalham queixume,
só,
sómente eu e arte,
felizmente há óvulos que podem ser congelados,
felizmente há esperança,
de dar vida a uma criança,
com todas as técnicas,
avançadas,
este não é o teu sonho
figueira,
o teu sonho é a acção e não dar,
o coração,
mas sentir apenas a emoção.
Figueira vivida,
a mim não tiras a liberdade e a vida.
Elsa Pereira
7-06-2012
gosto mais do primeiro
ResponderEliminarromântico e ao mesmo tempo exaltado.
marcadamente feminino
beijo