sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Entardecer junto ao Tejo

passeando corpos,
junto ao tejo,
ali ficámos,
olhando o silêncio,
interrompido por momentos,
de emoção,
simples comboio que atravessava a linha,
respeito senti,
em todos os momentos,
carinho e afecto,
neste momento desperto,
para o passado adormecido,
num local onde foi sofrido,
inconstante,
desrespeitado,
embora amado,
passado,
como comboio que se perde de vista,
e logo outro surge e nos mantém,
à tona da vida como luz do sol,
ao entardecer sobre o tejo,
aquele tejo que te ouviu,
lamentos e aflições,
ouve agora certezas e emoções,
claras e lúcidas,
ali sobre águas translúcidas.

Elsa Pereira.
12-11-2012

Sem comentários:

Enviar um comentário