sábado, 1 de dezembro de 2012

Só, sem estar só...


Só,
Mas sentindo a tua presença
Entre nevoeiro,
Por vale disseminado,
Além do rio encontrado,
Penso no natal,
Em como o meu ateísmo,
Dá importância à família,
Sem quezília,
Doce sentimento,
Que reencontrei a teu lado,
Feito feno em cidade achado,
Não lembro,
Ou lembro os meus onze anos,
E o natal,
Que todos,
Com todos, pôs mal,
A solidão de uma vida,
Vivida feito criança perdida,
Reencontrada a teu lado,
Seguras-me os sentimentos,
Tens o dom,
De caminhar ao meu lado,
Mesmo longe,
Entre solidão e multidão,
Sinto-te,
Como senti meu avô muito tempo,
Ali segurando-me a mão,
Sem nada esperar em troca,
Dizendo algo que me faz rir,
Contando-me vivências e histórias,
Da História e da vida,
Dessa amarga vida,
Tal como café amargo,
Que se toma em pé e apressado,
Onde andaste pai que desejei para seis filhos?
Uma vida inteira,
Quando ainda havia esperança de trazer ao mundo,
Uma criança,
Para a amparar,
Com educação e mimo,
Carinho quente,
Que a todos,
Alivia da amargura,
E traz a candura,
De uma manhã de vida.

25-11-2012
Elsa Pereira



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