sábado, 14 de julho de 2012

as bagas...da minha aldeia



Pilriteiro,
que te ergues sobranceiro,
lembras,
abrunhos,
que sobram nos punhos de saudade,
de uma vida não vivida,
futura,
com cor,
entre o azul,
fugaz perante o verde,
das folhas que indicam de onde és,
com o mediterrâneo
e o atlântico,
a teus pés.

14-07-2012

Elsa Pereira




Flores de sabugueiro,
alvas,
e bagas de saudade,
do teu rosto,
cor de mosto,
parecem uvas pisadas,

enfim,
fermentadas,
depois de passarem a prensa imensa,
de intensa felicidade.

14-07-2012

Elsa Pereira


























Fui comer amoras,

amor,
ao fim da tarde,
ouvindo o vento sibilando,
perante a leveza,
das silvas,
espinhos de saudade,
da tua voz,
enfim foz do teu olhar,
as cores,
e as flores de sabugueiro,
as bagas,
que são palavras que rompem,
na folhagem,
fuligem do campo,
onde os pássaros se deleitam,
e os insectos se ajeitam,
para pernoitar,
como se fossem,
deitar pela última vez.

14-07-2012

Elsa Pereira

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